MCDI - Ministério Cristão de Discipulado e Integração. Levando as Novas da Graça Divina. Faça parte desta Obra!


O homem foi criado para viver em prazer profundo e constante.

06/03/2016 09:01

O ser humano não consegue viver sem prazer, de uma forma ou  de outra. Temos duas fontes de prazer em nós, o nosso espírito e a nossa carne. A nossa alma é quem processa e traz à tona esses prazeres, seja do espírito ou da carne. Quando deixamos de ter prazer no espírito, damos lugar aos prazeres da carne. Quanto mais prazer do espírito tivermos, menos desejo da carne teremos.

Jesus disse: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8.32). O conhecimento da verdade nos liberta dos paradigmas escravizadores arraigados em nós, como consequência das nossas filosofias de prazer e preconceitos preestabelecidos pelas nossas culturas e  estigmas religiosos. Vivemos  um emaranhado de tentáculos nos mantendo na escravidão das finanças, dos medos, da religião, preconceitos, crendices. Somos escravizados pelos preconceitos estabelecidos há séculos na nossa sociedadem bem como necessidade de sermos aprovados, de termos sucesso, de sermos iguais, de não quebramos as regras impostas, necessidade de prestigio e de sermos reconhecidos por todos. No AT está escrito: “Olhai para mim e sede salvos” (Is 45.22)

Os  desejos de prazeres são gerados e quando cultivados assume o controle de nossas vidas. Já nascemos com eles, mas a cultivação e o colocá-los em práticas vão depender de nossas escolhas. Se escolhermos cultivar os desejos da carne ela vai se agigantar e ficará cheia de razão e nos dominará na direção desses prazeres. Tudo o que pensarmos e articularmos será a favor dela. E tudo que for do espírito (ou do Espírito Santo), será ignorado. Por outro lado se escolhermos cultivar os desejos do espírito, o nosso foco e razão em tudo será em função das coisas de Deus. E o crescimento do conhecimento do qual trata o texto mencionado acima, fará com que cada dia da nossa vida seja uma alegria e entusiasmo. Esse crescimento no conhecimento precisa ser ininterrupto, não pode ser estático e sim bem dinâmico. Cada dia precisa ser acrescido. É como o maná no deserto, não podemos ficar fiados no alimento de ontem, precisamos do alimento fresco para hoje. O profeta Oseias disse: “Ouvi a palavra do Senhor, vós, filhos de Israel, porque o Senhor tem uma contenda com os habitantes da terra, porque nela não há verdade, nem amor, nem conhecimento de Deus. O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o conhecimento. Porque tu, sacerdote, rejeitaste o conhecimento” (Os 4.1,6). A revelação ou conhecimento do Senhor nos ilumina, nos salva em níveis amplos e profundos.  E o profeta diz, ainda, que esse conhecimento deve ser progressivo, veja “Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor; como a alva, a sua vinda é certa; e ele descerá sobre nós como a chuva, como chuva serôdia que rega a terra” (Os 6.3).

Se cultivarmos o prazer no espírito constante e ininterruptamente, não deixaremos espaço para o mover da carne. Cada dia podemos nos empolgar e maravilhar com novas descobertas nesse maravilhoso e crescente conhecimento do Senhor. Veja o que Pedro disse: “antes, crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2Pe 3.18).

Precisamos de prazer para sobrevivermos; mas em qual prazer devemos viver? Como tudo ser humano precisa de prazer para viver, todos buscam consciente ou inconscientemente esse prazer. Se não for encontrado na dimensão do espírito vai ser buscado e encontrado na dimensão da carne.

Somente nas profundezas de Deus é possível encontrar o prazer verdadeiro e genuíno que fortalece a alegria do viver diário. Quando ficamos na superfície, alternamos entre a carne e o espirito; mas quando nos aprofundamos na dimensão divina, nos desvencilhamos completamente das concupiscências da carne. Veja o que Paulo disse: “Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne” (G 5.16). Veja esse mesmo versículo na LH “Quero dizer a vocês o seguinte: deixem que o Espírito de Deus dirija a vida de vocês e não obedeçam aos desejos da natureza humana”. Mais uma vez, veja na BV “Eu os aconselho a obedecerem somente às instruções do Espírito Santo. Ele lhes dirá aonde ir e o que fazer, e assim vocês não estarão fazendo sempre as coisas erradas que a natureza pecaminosa de vocês quer que façam”.

Muitos de nós nunca alcançam as profundezas das revelações do Espírito De Deus. Ficam alternando entre a carne e o espírito a vida toda. É uma pena, porque é naquelas profundezas que estão o nosso pleno prazer e alegria; somente lá podemos nos alegrarmos sempre, somente lá louvaremos a Deus em quaisquer circunstancias, sempre. Somente lá nada de ruim atingirá o mais profundo do nosso ser.

Esse é o prazer recomendado para nós, ele nos faz viver altaneiramente, ele traz sentido para o nosso viver, ele nos protege deste mundo de trevas; ele nos guarda da confusão do mundo. Ele nos propicia a segurança do perdão, do amor de Deus, da multiforme graça de Deus. Paulo deixa bem claro sobre essas duas dimensões de prazer e suas consequências, senão, veja: “Porque, se viverdes segundo a carne, caminhais para a morte; mas, se, pelo Espírito, mortificardes os feitos do corpo, certamente, vivereis” (Rm 8.13)

O homem foi criado para viver em pleno prazer. Esse prazer seria a sua plena intimidade e comunhão com Deus. Deus seria o seu prazer único e absoluto, nada mais lhe interessaria e sua satisfação completa estaria em Deus. Deus seria o seu bem maior, sua única razão de viver, sua inspiração, seu referencial em tudo. Mas ao pecar ele agregou a si outra fonte de prazer; só que esse prazer é mortal, antagônico a Deus. Oposto completamente a Deus. A partir, portanto, do pecado ele se tronou escravo desse prazer mortal. Mas quando Jesus veio, morreu e ressuscitou, nos deu vida e vida plena e nos deus todos os recursos para reavermos aquele nível de vida que Adão perdeu. Em Adão, perdemos aquela vida plena; mas em Cristo recuperamos tudo. Em Cristo recuperamos tudo que perdemos em Adão e muito mais. Jesus disse: “porque, onde está o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração” (Lc 12.24). O que se constitui o seu tesouro? Isso significa que onde estiver o tesouro do homem ali está o seu prazer. Se Deus é o nosso tesouro nele está também o nosso coração e consequentemente o nosso prazer maior. Davi disse: “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração” (Sl 37.4). Veja esse versículo na BV “Faça do Senhor a sua grande alegria e Ele dará a você os desejos do seu coração”. Muita gente só entende, baseado nesse versículo, que quando buscamos o Senhor com prazer ele nos dará o que deseja o nosso coração. Isso é verdade, mas é apenas um lado dela. O maior significado para mim aqui, é que, devemos buscar o Senhor como a nossa maior alegria e prazer. Que o nosso prazer deve ser ele acima de tudo e não o que ele nos dá. Ele deve ser o motivo maior da nossa alegria, aliás, ele deve ser a nossa alegria. Ele deve ser o nosso tesouro em si; ele deve ser a nossa inspiração em tudo. Quando isso acontecer, aí sim, o nosso viver será prazeroso, nada vai abalar o nosso prazer de viver. Paulo disse “Alegrai-vos sempre no Senhor; outra vez digo: alegrai-vos” (Fp 4.4). Ter prazer no Senhor inclui ter prazer na sua palavra, veja o que Davi disse, para não estender muito, algumas confissões do seu prazer na palavra de Deus: “Antes, o seu prazer está na lei do SENHOR, e na sua lei medita de dia e de noite. Terei prazer nos teus mandamentos, os quais eu amo. Baixem sobre mim as tuas misericórdias, para que eu viva; pois na tua lei está o meu prazer. Não fosse a tua lei ter sido o meu prazer, há muito já teria eu perecido na minha angústia. Os teus testemunhos, recebi-os por legado perpétuo, porque me constituem o prazer do coração. Sobre mim vieram tribulação e angústia; todavia, os teus mandamentos são o meu prazer. Suspiro, SENHOR, por tua salvação; a tua lei é todo o meu prazer” (Sl 1.2; 119:47; 119:77; 119:92; 119:111; 119:143; 119:174). Continua

 

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