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APRENDA VIVER BEM COM DEUS E COM SEUS IMPULSOS SEXUAIS - 6ª PARTE

05/03/2016 22:44

Por que Não Posso?

As barreiras que havia contra o sexo pré-conjugal praticamente ruíram todas. O adultério em certos círculos já é até chique. As estatísticas informam que há cerca de 300.000 mil casos de aborto praticado por adolescentes, por ano;250.000 filhos ilegítimos nascem anualmente, e há cálculos de que 12 milhões de jovens sofrem de doenças venéreas, nos Estados Unidos. Além disso, há um grande número de pessoas que, de comum acordo, mantêm “romances” extraconjugais, e que creem que não mais é possível manter a pureza sexual em nossa avançada sociedade. É claro que nem todas as pessoas pensam desse modo. Aqueles que não agem assim são ridicularizados e acusados de “puritanos”. Nessas duas últimas décadas, tem sido apregoado que um individuo pode gozar dos prazeres do sexo com diversos parceiros, sem sofrer as consequências, devido ao grande número de contraceptivos existentes.

A filosofia do playboy

ensina que se pode passar de uma cama para outra, sem temer nenhum efeito negativo. Ninguém fica magoado; não há problemas de rejeição, nem senso de culpa, nem doenças venéreas, nem gravidez. Quanto maior o número de ligações amorosas, melhores as chances de uma satisfação plena e realização pessoal. E milhões de pessoas estão acreditando nesta mentira.

Os jovens, principalmente, gostam de perguntar: “Por que é errado o sexo extraconjugal? É errado mesmo, ou é errado porque Deus assim o determinou?” São perguntas justas. Muitas pessoas pensam que o ensino bíblico com relação à moralidade não é racional; que temos que obedecer aos preceitos dela cegamente, sem poder perguntar por quê?

Creio que devemos obedecer aos ensinamentos da Bíblia, mesmo quando não entendemos a razão de determinados mandamentos. Deus sabe mais do que nós e, portanto, devemos submeter-nos à sua autoridade mesmo que de nosso ponto-de-vista as coisas pareçam diferentes. O fato é que ele tem uma visão do quadro todo; nós só enxergamos uma parte. Se com o tempo não ficar comprovado que ele está com a razão, a eternidade o comprovará. Existem razões fortíssimas para se preferir a castidade.

O Sexo é um Ato Espiritual

Paulo exortou a igreja de Corinto a viver em pureza sexual. “Ou não sabeis que o homem que se une à prostituta, forma um só corpo com ela? Porque, como se diz, serão os dois uma só carne.” (1 Co 6.16.) O apóstolo está se referindo aqui à união que transcende o material - um tipo de união espiritual que só é corretamente praticada no casamento. Para quem acredita em amor livre, o sexo é basicamente uma união física. Quando se está com fome, come-se; quando se está com sono, dorme-se; e quando se tem um desejo, pratica-se o sexo. Parece acertadíssimo; mas, na verdade, isso está longe de ser verdade. Precisamos de algumas explicações para entender isso. Os pensamentos não são meras reações químicas do cérebro. Nossa mente é uma entidade espiritual. Da mesma forma que um pianista toca um piano para produzir música, assim a mente se utiliza do cérebro, que por sua vez comanda os outros órgãos do corpo, através do sistema nervoso. O cérebro é o órgão do corpo onde o físico e o espiritual interagem. Mas o espírito pode existir independentemente do cérebro - ele é eterno. E a conclusão? Pela maneira como fomos criados por Deus, só podemos ser plenamente realizados sexualmente se nos unirmos ao nosso cônjuge num plano espiritual, além do plano físico. Muitas pessoas ficam emocionalmente enfermas em consequência da prática do sexo extraconjugal. O que acontece é que o ato sexual pode proporcionar-lhes satisfação física, mas sem a realização espiritual as pessoas ficam magoadas. É preciso que haja uma dedicação total a uma só pessoa. Devido à profunda intimidade do ato sexual, ele só pode ser satisfatório se houver a certeza deque será repetido com a mesma  pessoa. Tenho sabido de muitos casamentos que fracassam por causa da prática do sexo pré-conjugal. As mulheres argumentam assim:- Se ele conseguir me convencer a dormir com ele antes de casar, o que o impede de fazer o mesmo com a secretária? Não se pode ter satisfação plena sem confiança, e a melhor maneira de se conquistar essa confiança é só praticar o sexo após o casamento. O que o torna significativo é o compromisso com a totalidade do ser. O segundo ingrediente necessário a um relacionamento sexual completo é a ausência de sentimento de culpa. Sem essa leveza de consciência, não pode haver uma Entrega sem inibições, uma união psicológica das personalidades. Sempre haverá alguma coisa lá dentro que não está satisfeita, não está certa. Li recentemente que85% das energias psíquicas das pessoas são empregadas em suportar o peso dos complexos de culpa. Deus nos criou de tal maneira, que quando violamos suas leis, passamos a carregar um incômodo senso de culpa. Logicamente muitas pessoas dizem que não sofrem sentimentos de culpa. O fato é que muitas vezes eles se manifestam sob a forma de depressão ou raiva. Geram insensibilidade e frustração. Uma pessoa explicou isso da seguinte maneira:- Embora eu sempre racionalizasse meus atos, por dentro estava morrendo aos poucos. Joyce Landorf, cm seu livro Tough and Tender

(Forte e terno), conta de um homem que foi procurar o marido dela, e lhe perguntou por que a vida parecia tão inútil. O que ele disse, em parte, foi o seguinte:" Sabe, Dick, estou do jeito que quero. Sou livre de compromissos matrimoniais. Tenho um belo apartamento na praia, e durmo com as mulheres mais maravilhosas, uma após outra. Tenho toda liberdade e faço o que acho certo. Contudo, alguma coisa está me incomodando muito, e não consigo descobrir o que é. Todos os dias, quando me apronto para ir trabalhar, olho-me no espelho e penso comigo mesmo: Como foi minha diversão sexual de ontem à noite? A garota era muito bonita. Estava tudo ótimo na cama, com ela, e hoje de manhã, saiu sem me amolar. Mas será que a vida é só isso? E pergunto a mim mesmo:

se é esse o tipo de vida que todo homem deseja, por que estou tão deprimido? Por que estou sentindo um frio interior, um vazio dentro de mim o tempo todo?...

Sei que os outros caras acham que seria maravilhoso ter esse tipo de liberdade, mas, sinceramente, Dick, odeio esta vida.” O senso de culpa gera no individuo uma espécie de hesitação psicológica que o impede de entregar-se sem reservas ao parceiro. A desconfiança e o sentimento de erro sufocam a satisfação que se possa ter num ato sexual. Lemos em Gênesis o seguinte: “Conheceu Adão a Eva sua mulher.” (Gn 4.1 - IBB.) O verbo conhecer não é empregado aqui com o objetivo de abrandar a linguagem, em vez da expressão “ato sexual”, camuflando um pouco o sentido; não. Na verdade, a união sexual é a mais elevada forma de

conhecimento; é a mais clara forma de se expressar uma união psicológica e emocional.

Já os animais não possuem essa dimensão espiritual. Em consequência disso, o sexo, para eles, é um ato puramente biológico. O relacionamento deles só ocorre no plano físico. Fazem algo que lhes é natural, sem se preocuparem com questões como confiança mútua e moralidade.

A Confiança é a Base

O amor livre coloca os homens ao nível dos animais. Praticá-lo é obedecer aos desejos carnais, em tudo que eles ordenam, sem responsabilidades pelos atos. Assim, o sexo fica reduzido a um mero prazer biológico. Judas faz referência àqueles que são imorais, comportando-se “como brutos sem razão” (v. 10). Paulo afirma que Deus entregou alguns a “paixões infames”. A prática errada do sexo nos torna subumanos. Ele passa a ser uma relação puramente animalesca. Foi por isso que certo homem casado, que se deitou com várias mulheres, chegou à seguinte conclusão: “Mulher só presta para o sexo. Fora disso, eu não daria dois centavos por elas.” Observemos que, ao separar o biológico do espiritual (que é o que se faz realmente quando se leva uma vida promíscua), esse homem via as mulheres apenas como objetos para satisfazerem as suas paixões. O valor delas como pessoas era irrelevante para ele. Degradava as mulheres, e também se degradava a si mesmo. Um certo rapaz conversava com seu pastor, sentado ao lado da namorada, Jan, com o braço em torno do ombro dela.- Mas eu e San somos um, dizia. Temos união e confiança em nosso relacionamento. Por que temos de esperar aob tenção da certidão de casamento primeiro? De qualquer modo, de que vale um pedaço de papel? O fato é que planejamos nos casar. A verdade é que o sexo pré-conjugal vem sempre acompanhado de sentimentos de culpa e desconfiança. Ali são plantadas sementes que mais tarde irão dar frutos amargos. O ciúme e a depressão muitas vezes ficam enraizados no solo da permissividade. E, além disso, as melhores racionalizações soltam o tiro pela culatra. Susan e Mike viveram juntos vários anos, e então resolveram legalizar sua situação. Enquanto ela estava tomando as providências para o casamento, Mike encontrou uma ex-namorada em uma festa. As chamas que estavam abafadas voltaram a arder, e ele e Dons se apaixonaram novamente um pelo outro. Antes de se passar uma semana, já estavam juntos na cama. Então Mike telefonou para Susan para cancelar o casamento, ou pelo menos adiá-lo, até que ele tivesse tempo para “colocar a cabeça em ordem”. A moça argumentou que ele lhe devia a reparação do casamento. Afinal, ela se entregara a ele durante três anos - e isso devia valer alguma coisa. Mike não concordou. Reconhecia que prometera casar-se com ela, mas achava que tais promessas não equivaliam a um compromisso matrimonial. Ademais, o fato de ter tido relações sexuais com ela não o obrigava a casar-se. Pois era óbvio que, se o sexo fosse equivalente a casamento, muitos homens tinham que ser polígamos. Não sentia nenhuma obrigação para com Susan e poderia perfeitamente casar-se com Dons. De qualquer jeito, eles estavam num beco sem saída: se cancelassem o  casamento, Susan sentiria que estava sendo traída; se casassem, isso queria dizer que Mike estava sendo forçado a uma situação que não desejava. Imagine-se só a frustração de um casal assim, às vésperas de seu casamento. Ao invés de estarem aguardando ansiosamente o momento de se unirem sexualmente, apenas realizavam uma cerimônia sem significado. É como abrir um presente cuja compra presenciamos. Estou cansado de ouvir falar da liberdade sexual. É um tipo de vida caracterizado por promessas não cumpridas, conversas vazias sobre o amor, carregado de sentimentos de culpa, egoísmo e amarga frustração. Por mais que ofereça prazer físico, este não compensa os prejuízos espirituais e emocionais que acompanham tal conduta. Warren Wiersbe diz o seguinte: “Os jovens estão ligando seus brinquedinhos de seis volts em um gerador de 220volts, e assim queimam todos os seus fusíveis antes de terem tido oportunidade de viver.” (Be Challenged - Aceite o Desafio - Moody Press.)

O Verdadeiro Amor Faz Sacrifícios

Em 1 Coríntios 7, Paulo aborda a questão do relacionamento sexual no casamento. Diz ele: “O marido conceda à esposa o que lhe é devido, e também semelhantemente a esposa ao seu marido. A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, e, sim, o marido; e também, semelhantemente, o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, e, sim, a mulher” (vs. 3 e 4). Notemos que o que deve vir em primeiro lugar na mente do cônjuge é o bem do outro. O verdadeiro amor é basicamente altruísta. Então um amor inconsequente acha-se na posição oposta à do verdadeiro amor. Uma atração natural, em si mesma, não é errada. Se conhecermos alguém cuja aparência e personalidade nos atraem, e cuja companhia apreciamos, tudo bem. Mas se casarmos com esta pessoa com base apenas nesse tipo de atração, pode ser que mais tarde encontremos outra mais atraente, mais simpática e com maior atração sexual. Um amor assim está sujeito a variações, pois o objeto dele pode perder seu elemento atrativo. Existem alguns casamentos que se firmam baseados na força desse amor superficial, mas são muito poucos.

O Amor é um Compromisso

O conceito de amor expresso pelo Novo Testamento é um compromisso para se buscar o que é melhor para a outra pessoa. O entusiasmo diz: “Não aguento esperar.” Mas o amor afirma: “Pagarei o preço que for necessário para respeitar você. Estou disposto a esperar;" A expressão amor livre é uma contradição. Se é amor, nunca é livre. Envolve sacrifícios por parte de que mama. E se é livre, não é amor. É claro que o sexo faz parte do amor conjugal, mas não é sinônimo de amor. É possível haver uma coisa sem a outra. Muitos casais têm relações sexuais sem a menor compreensão do que seja um compromisso de amor. Por outro lado, também é possível haver amor sem sexo. Em caso de enfermidade ou de alguma deformidade física, por exemplo, quando o sexo se torna impossível, o amor pode suportar esse tipo de pressão. Pelo fato de o egoísmo ser nato em nós, nossa tendência natural é querer que nossas paixões sejam satisfeitas sem considerarmos se isso é bom ou não para nosso cônjuge. Muitas vezes um rapaz diz para a namorada: “Eu a amo"; mas talvez a sentença mais certa seria: “Amo a mim mesmo; quero você.” Que melhor maneira poderia haver de se demonstrar amor por outrem do que renunciar ao prazer sexual, pelo bem do outro. Afinal, a honra e a boa consciência de um homem ou de uma mulher são bens preciosos. Por que não combinarem acerca de um tipo de conduta e se manterem fiéis ao combinado, custe o que custar?

A Culpa Tem Consequências Amargas

O sentimento de culpa gerado pelo pecado sexual pode levar um individuo à raiva e à violência. Recentemente, um homem me ligou da Flórida. Lera meu livro

How Te Say No to a Stubborn Habit

(Como resistir a um hábito renitente). Fizera exames que haviam revelado que era intensamente raivoso. Numa escala de um a cem, ele teria o nível 96. Um psiquiatra lhe havia dito que era a pessoa mais irritadiça que ele já vira. O que faria com que um homem se tornasse tão frustrado e nervoso? Tivera um lar feliz na infância; tinha sucesso no oficio de mecânico; e gozava deum relacionamento conjugal relativamente bom. Mas pouco depois a verdade aflorou: havia pouco tempo ele tivera experiências de homossexualismo. O senso de culpa lhe trouxe tal sentimento de frustração, que sua vontade era agredir todo mundo e cometer suicídio. Porquê? Porque o senso de culpa não resolvido gera autodesprezo, e o autodesprezo leva à hostilidade. É por isso que a pornografia e a imoralidade, qualquer que seja o tipo, gera violência. Quando se dá busca num apartamento de um criminoso, quase sempre se encontram ali objetos da mais baixa pornografia e outros artigos de perversão. Fui informado de que muitos filmes pornográficos exibem cenas de violência bem como de sexo explícito. E o sexo visto na tela não é um relacionamento de amor terno. Geralmente, ao analisar um assassinato, a policia sabe dizer se ele foi cometido por maníaco sexual, devido à fúria com que é realizado. Se a vitima apresenta muitos ferimentos de facada, em vez de uma meia dúzia deles, isso revela que o assassino estava dominado por hostilidade e raiva. Isso explica por que um crime de estupro não é tanto um delito sexual, mas um crime de violência. Uma pessoa que não tem nenhuma restrição sexual sente tal ódio por si mesma, que não pensa mais em decência e auto respeito. Já que coloca em prática suas fantasias sexuais, por que não pode exercitar seu desejo de humilhar uma mulher? Em uma sociedade onde a moralidade não passa de uma questão de preferência pessoal, que diferença faz um detalhe ou outro? Numa mente e consciência poluídas, tudo é permitido (ver Tito 1.15,16).Nos Estados Unidos, o número de maridos que espancam as mulheres está alcançando proporções epidêmicas. Muitas delas abandonam o lar apavoradas com os imprevisíveis acessos de raiva de um marido agressivo. Os maustratos a crianças também estão generalizados, havendo cerca de dois milhões de menores por ano que sãoespancados, torturados e que passam fome. Um relatório recente afirma que nos últimos anos os números dobraram. Ocasionalmente, temos visto até casos de crianças que morrem, espancadas por pais impelidos pela frustração e agressividade. E depois há também o sadomasoquismo e incesto. Em cada dez crianças, uma talvez carregue um terrível segredo de relações sexuais entre membros de uma família. Quase sempre elas são fruto de uma relação entre pai e filha. Antigamente, acreditava-se que a idade média de uma filha que era molestada pelo pai era de 12 a 15 anos, mas hoje sabe-se que crianças de até 5 a 10 anos estão sofrendo abusos sexuais. É impossível calcular os inevitáveis temores, autodesprezo, depressão e tendências suicidas que surgirão na vida de uma criança dessas. Na cidade de San José, Califórnia, cinco por cento das crianças das escolas primárias estão fazendo tratamento devido a abusos sexuais. Ninguém sabe estimar o número de casos que não chegam a ser conhecidos. A Bíblia fala claramente dessa relação que existe entre a imoralidade sexual e a consciência morta, que é capaz de qualquer ato de crueldade. Pedro escreveu o seguinte: “Especialmente aqueles que, seguindo a carne, andam emimundas paixões e menosprezam qualquer governo. Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridadessuperiores, ao passo que anjos, embora maiores em força e poder, não proferem contra elas juízo infamante na presença do Senhor. Esses, todavia, como brutos irracionais, naturalmente feitos para presa e destruição, falando mal daquilo em que são ignorantes, na sua destruição também hão de ser destruídos.” (2 Pe 2.10-12.)Um pecado nunca fica isolado. Se tolerarmos um erro em um aspecto de nossa vida, ele invadirá outra. Se nos rebelarmos contra um dos mandamentos de Deus será mais fácil desobedecer também a outros. Ainda não se descobriu um modo de controlar as consequências do pecado.

Leia mais: PARTE 01PARTE 02PARTE 03PARTE 04PARTE 05PARTE 06

 

Do livro: Aprenda viver bem com Deus e com seus impulsos sexuais

Editora Betânia Leitura para uma vida bem sucedida

Caixa Postal 5010 - 30000 Venda Nova, MG

 

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