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A Soberana Graça de Deus e o Processo Para Se Viver Uma Vida Cristã Plena - Parte 08

06/03/2016 10:50
 

A Soberana Graça de Deus e o Processo Para Se Viver Uma Vida Cristã Plena - Parte 08

Fp 4.8 “Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existeseja isso o que ocupe o vosso pensamento, (nisso pensai).

Invertendo a Ordem: “Finalmente, irmãos, tudo o que não é verdadeiro, tudo o que não é  respeitável, tudo o que não é justo, tudo o que não  é puro, tudo o que não é amável, tudo o que não é de boa fama, se alguma virtude não  há e se algum louvor não  existe, não seja isso o que ocupe o vosso pensamento. (nisso não pensai)”.

No meu entender, essa escritura é o maior filtro que temos, para filtrar tudo o que não devemos fazer no nosso procedimento cristão. Se o nosso comportamento cristão passar sempre por esse crivo, viveremos uma vida saudável nos moldes estabelecidos por Deus para nós.  Se os nossos pensamentos, sentimentos e visão forem controlados, o nosso interior também o será. E se nosso interior  for controlado todas as nossas atitudes e ações também serão controladas, com isso, serão autênticas e santas.

Se pautarmos a nossa vida por essa recomendação de Paulo, vamos expurgar dela tudo que não nos convém. Se algo for verdadeiro, mas não for respeitável, não devemos pensar nele. Se algo for verdadeiro, mas não for justo, não devemos pensar; se algo for verdadeiro, mas não for puro, não devemos pensar; se algo for verdadeiro, mas não for amável, não devemos pensar; se algo for verdadeiro, mas não de boa fama, não devemos pensar; se algo for verdadeiro, mas se não tiver virtude, não devemos pensar; se algo for verdadeiro, mas  não for louvável, não devemos pensar. Devemos levar nossos pensamentos cativos a obediência de Cristo, sempre “Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2Co 10.4,5). A nossa mente precisa estar de acordo com o conteúdo de todas as recomendações  de Fp 4.8. 

Se evitamos colocar os nossos pensamentos no que não deve; também não devemos colocar a nossa visão, nosso sentimento, ou desejos e consequentemente nossas atitudes serão controladas. Se não devemos pensar, também não devemos olhar, sentir, desejar e muito menos fazer, ou falarmos sobre o assunto.

Tiago disse: “Porque todos tropeçamos em muitas coisas. Se alguém não tropeça no falar, é perfeito varão” (Tg 3.2). Quem não controla seus pensamentos, também não controla a sua língua e quanto menos controle da língua tivermos, mas distante do ideal estaremos. A pessoa que não controla os seus pensamentos negativos, usa a sua imaginação para o mal até quando não está falando.

A mente de uma pessoa pode ficar viciada em falar mal dos outros. Se ela tem o costume de falar mal de alguém todo dia, ela pode mudar ao falar sobre o aspecto positivo das pessoas (todas têm pelo ao menos um aspecto positivo), e então condicionar a sua mente a mudar. Qualquer que seja o pensamento negativo,  pode e deve ser substituído por um positivo. A maior dificuldade é só no inicio, depois a mente se  acostuma em pensar de acordo com o conselho de Paulo em Fp 4.8. Pense nos traços bons das pessoas  e não nos negativos. Fale desses traços bons e não dos negativos. Procure achar uma oportunidade em cada dificuldade e não uma dificuldade em cada oportunidade. Abençoe as pessoas com seus comentários e não as amaldiçoe. Agindo assim estarás agindo de acordo com o que Deus quer para sua vida.

Se filtramos os nossos pensamentos, todas as nossas ações serão automaticamente filtradas também: o que falamos; o que focamos; o que olhamos; o que refletimos; o que imaginamos; o que desejamos; o que fazemos e o que somos. Há dois textos das Escrituras Sagradas que eu quero colocar aqui, porque os mesmos confirmam o que estou mencionando: "Aquilo que temo me sobrevém, e o que receio me acontece" (Jó 3.25). Porque, como imagina em sua alma, assim ele é..." (Pv 23.7). Esses pensamentos podem influenciar, para o bem ou para o mal, tanto os outros quanto a nós mesmos. A sensação de medo está diretamente ligado ao subconsciente e o que está no subconsciente é resultado de pensamentos e imaginações oriundos da parte consciente da mente.

Sabemos que a vida cristã plena não pode ser vivida sem o mover  pleno do Espírito Santo Gl 5.16. Mas há muitas interrogações em torno deste texto. Por exemplo, o que significa andar no Espírito? Como eu faço para andar no Espírito, uma vez que o andar no Espírito faz com que vivamos a nossa vida desvencilhada da carne?  Fica entendido nesse versículo bem como em Rm 8.13, que todo sucesso da vida cristã depende de como está a nossa vida em relação ao mover do Espírito. Então podemos entender  que a importância de vivermos em consonância com estas escrituras é imensurável. Mas sempre surgem mais perguntas:  sabemos que isso é importante, mas como alcançar essa dimensão? Sou eu que tenho que fazer com meus próprios esforços ou devo esperar somente por Deus? Se sou eu, teria eu capacidade para isso? Se é Deus, então devo esperar somente nele?  Qual é a minha parte, por maior ou por menor que seja, nesse processo?

Bom, sabemos que não recebemos bem nenhum a não ser que venha de Deus. Então tudo vem dele e volta para ele. As coisas que ele pede de nós, ele mesmo providencia as ferramentas (os recursos), através dos quais podemos alcançar.

Hoje, meditando em Fp 4.8 cheguei a uma conclusão, Em Gl 5.16 Paulo nos dar uma ordem “andai” e em Fp 4.8, ele nos dar outra ordem “pensai  ou “ocupe”.  Esses verbos indicam  que temos de fazer algo. Temos uma responsabilidade nesse processo. Então acho que entendi o caminho. Sempre esteve ali de uma forma muito simples, como acontece com toda escritura. A revelação está sempre ali, mas nós não vemos. Passamos por ali muitas e muitas vezes, mas não percebemos, como cegos. Até que uma luz nos revela o "mistério" e aí pensamos, puxa, por que não vi isso antes?! Creio que o que Paulo fala em Gl 5.16 é o mesmo, em outras palavras, mencionado em Fp 4.8. Vamos analisar a partir do seguinte princípio:  eu não sei como andar no Espírito, mas sei como controlar meus pensamentos. Isso está provado por todas as ciências que estudam a  mente. Posso controlar todos os meus pensamentos! Porque na minha mente só cabe um pensamento por vez, se eu mantenho um pensamento apropriado na ocupação da minha mente, um pensamento inapropriado não encontra lugar ali. O nosso cérebro com 100 bilhões de neurônios, processa 400 bilhões de informações por segundo. Sendo capaz assim de processar de 20 a 70 mil pensamentos por dia; mas felizmente só podemos focar ou refletir sobre um por cada vez. Assim podemos escolher o que absorver. Pensamentos errados podem bater à porta, mas não encontra repouso. Só se eu quiser e deixá-lo repousar. Eu sempre digo: você não pode impedir um pássaro de deixar cair na sua cabeça alguma sujeira, mas você pode impedi-lo de fazer ninho na sua cabeça. Então se vivemos na prática de Fp 4.8, estamos vivendo no Espírito, porque o conteúdo desse versículo está em plena sitonia com uma vida na dependecia plena do Espírito Santo, em plena conformidade com a perfeita vontade de Deus.

Deus nos fez com essa capacidade imensurável, a de pensar; e Paulo disse: “nisso pensai”. Então podemos concluir que viver de acordo com Fp 4.8 é o mesmo que andar no Espírito, e andando no Espírito nunca mais satisfaremos os desejos errados, (concupiscência da carne); e assim viveremos a vida abundante que agrada a Deus. Porque na carne ninguém pode agradar a Deus. Você quer  agradar a Deus? Ande no Espírito. Não sabe como andar no Espírito? Ponha em prática Fp 4.8. Isso você  sabe e pode; Deus nos deu essa capacidade. Pode ser um processo demorado, tudo depende da sua dedicação nesses pensamentos, no seu zelo por eles. Uns, logo quando se convertem,  aprendem, outros levam mais tempo, outros ainda levam a vida toda e não conseguem aprender. E ele está sempre conosco, nos ajudando a cumprir aquilo que ele mesmo nos pede. Porque sem ele nada podemos fazer (Jo 15.5). Afirmar  que temos essa capacidade de pensar, não tira a glória e o mérito de Deus, porque na verdade até essa capacidade de pensar está sob a ação do Espírito Santo. Pois Paulo escreveu aos coríntios na sua 2ª carta que não somos capazes, por nós mesmos, de pensar alguma coisa, veja “não que, por nós mesmos, sejamos capazes de pensar alguma coisa, como se partisse de nós; pelo contrário, a nossa suficiência vem de Deus” (2C 3.5). Estamos vivos, mas Deus tem o controle absoluto da nossa vida. Pensamos, mas Deus, em última análise, tem o controle absoluto em relação a nossa capacidade de pensar. Porque foi ele que nos habilitou com esse mecanismo, a condição de pensar. Não é porque ele nos deu esta capacidade que somos autossuficientes em nossos pensamentos. Paulo disse ainda:“porque Deus é quem efetua em vós tanto o querer como o realizar, segundo a sua boa vontade” (Fp 2.13).

Portanto, essa é a porta para se viver na plenitude e no mover pleno do Espírito Santo (Gl 5.16,22,23), isto é, viver no Ministério do Espírito Santo: “E, se o ministério da morte, gravado com letras em pedras, se revestiu de glória, a ponto de os filhos de Israel não poderem fitar a face de Moisés, por causa da glória do seu rosto, ainda que desvanecente, v8 como não será de maior glória o ministério do Espírito!” (2Co 3.7,8). E o viver nesse ministério é a porta para a vida abundante e plena (Jo 10.10). Se eu quero viver a vida abundante, preciso estar vivendo na plenitude do Espírito Santo; e para andar nessa plenitude, preciso viver Fp 4.8. Deus nos equipou com a capacidade de pensar assim como a capacidade de caminhar e tantas outras habilidades. A porta para a plena motivação do Espírito é a prática de Fp 4.8, e o caminho para a vida abundante é o mover pleno do Espírito Santo. Não podemos mensurar o poder que têm os nossos pensamentos! Os nossos pensamentos,  pelo processo do nosso consciente, (uma parte da nossa mente),  alimenta o nosso subconsciente, (outra parte da nossa mente), com imagens que podem nos levar à ações. Ações muitas vezes inesperadas, boas ou ruins. Dizem os cientistas que o nosso subconsciente tem o poder de mil bombas atômicas, para construir ou destruir. Se o alimentamos  com pensamentos construtivos, teremos o poder de construir; mas, por outro lado, se o alimentamos com  pensamentos destrutivos, teremos o poder de destruir. Se quisermos construir, precisamos colocar em prática Fp 4.8. Por exemplo, se você começa pensar de forma negativa e destrutiva, sua mente fica viciada nessa forma de pensamento. É assim tanto no sentido positivo como no negativo. Nesse  mesmo  procedimento acontece  os vícios, tanto na área psicológica quanto na dependência química. As pessoas começam com rápidos pensamentos (até mesmo meio vagos e superficiais), ou pequenas dozes e vão aumentando. A própria mente se encarregar de exigir os avanços. Nos EUA um condenado à morte por estuprar e matar várias mulheres, quando estava na cadeira elétricas, na hora da morte, pediu para passar aos americanos uma mensagem com o seguinte teor: "comecei olhando algumas revistas pornográficas nas bancas, sem tocá-las, depois comecei folhear, sem comprá-las, depois as comprei, depois comecei fazer o que nelas era insinuado. Com o passar do tempo a minha mente foi exigindo mais, até que me tornei este monstro. se os americanos quiserem evitar o surgimento de outros monstros como eu, preciam evitar que revistas como essas sejam expostas". Claro, não estou afirmando aqui que todas as pessoas que se envolvem com pornografia vão se tornar  sexo-maníacas. Mas essas pessoas tem muito mais probabilidade de entrar por esse caminho.  

Como vimos acima, o pensamento tem poder para nos moldar para o bem ou para o mal. Se desejamos experimentar a perfeita vontade de Deus, precisamos colocar em prática Rm 12.1,2. Nesse texto, também, vemos o poder do pensamento, o poder do raciocínio “Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus”.

Paulo deu outra ordem também ligada a esse assunto, veja “E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas “enchei-vos” do Espírito,” (Ef 5.18). Se há uma ordem é porque temos sobre o assunto responsabilidade também. Então qual é a nossa parte nesse processo do enchimento do Espírito?  Vejamos, se eu estou cheio da Palavra, estou também cheio do Espírito. Se eu vivo no Espírito, vivo também na Palavra. Assim fica mais fácil, mas possível; não posso ver o Espírito, mas posso ver a Palavra, não posso tocar no Espírito, mas posso tocar, de certa forma, na Palavra. Ser movido e cheio do Espírito é ser cheio da Palavra; andar no Espírito é andar na Palavra. Não me refiro na palavra como letra, pois Paulo disse: “o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do espírito; porque a letra matamas o espírito vivifica (2Co 3.6). Os tradutores preferiram colocar “espírito” com letra minúscula, mas no original não dá somente esta opção, a palavra pneuma,  no grego, não identifica em si a qual dos espíritos está se referindo, se é o espírito humano ou ao Espírito Santo ou ainda ao espírito se referindo a um pensamento ou filosofia. Mas eu creio que aqui podemos aplicar esta palavra ao Espírito Santo.

A Palavra tem a letra que pode matar e tem o Espírito que pode dar vida. Veja mais o que Jesus disse: “O espírito é o que vivifica; a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida (Jo 6.33). (mais uma vez a questão da tradução). Salomão também disse: “Filho meu, atenta para as minhas palavras; aos meus ensinamentos inclina os ouvidos. Não os deixes apartar-se dos teus olhosguarda-os no mais íntimo do teu coração. Porque são vida para quem os acha e saúde, para o seu corpo” (Pv 4.20-22). Salmão estava instruindo pela Palavra de Deus. Jesus também se referiu ao mandamento de Deus, que faz parte da palavra dele, como vida eterna: “E sei que o seu mandamento é a vida eterna. As coisas, pois, que eu falo, como o Pai mo tem dito, assim falo” (Jo 12.50). E o escritor aos hebreus confirma tudo isso, veja: Porque a palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração” (Hb 4.12). Mas é bom lembrar que para se encher dessa Palavra no sentido de sua essência, sua vida, é preciso ler  com intensidade, ler com o coração aberto ao Espírito Santo. Se não for assim a única coisa que vamos captar é a letra, e a letra mata. Há dois tipos de conhecimento que podemos adquirir quando lemos a Bíblia, um intelectual e o outro espiritual. O intelectual vem pelo entendimento puramente da mente, por informação; o espiritual vem pela revelação do Espírito. O simplesmente intelectual, mata, o espiritual vivifica.  Claro que todo entendimento espiritual envolve também, de certa forma,  o intelecto, mas o conhecimento puramente intelectual não envolve o Espírito, necessariamente.

A ordem do processo é essa: novo nascimento, o habitar do Espírito em nós, a sua plenitude e o andar no seu pleno mover. Estas fases são interligadas, mas no mesmo tempo distintas. Por exemplo, eu posso ter nascido de novo e não está na plenitude do Espírito, posso estar cheio do Espírito, mas posso não estar andando na sua plenitude. O que não é possível é acontecer qualquer uma destas fazes sem o novo nascimento. É impossível um salvo não ter o Espírito Santo, mas é possível que o salvo não seja cheio do Espírito e que não ande nele.

Mas em tudo isso dependemos da ação do Espírito Santo, veja, para eu estar cheio da Palavra, como mencionado acima, e consequentemente do Espírito Santo, preciso que o próprio Espírito me revele a Palavra, sem essa revelação fica só informação e  a informação tem a ver somente com a letra, e a letra mata. Mas em todo este processo temos uma parte que pode ser executada quando estamos no seu mover.

Eu posso, você pode, nós podemos. Podemos porque Deus nos equipou para isso. Aleluia! “tudo posso naquele que me fortalece” (Fp 4.13). Nunca esqueça, somente nele. Você já parou para refletir o que significa esta frase “tudo posso naquele que me fortalece”? Significa que nele, Deus, somos onipotentes! É, é isso mesmo. Não tem outro sentido além desse. Por outro lado Jesus disse:  “...sem mim nada podeis fazer” (Jo 15.5). Somente nele!

Leia também as pastes 01020304050607   deste artigo.

 

Pr Aramisio Borges

 

 

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